10 de outubro de 2010

Há sempre um copo de mar para o homem navegar...

No último final de semana fomos conferir a 29a Bienal de Arte no Ibirapuera, cujo título reproduz a frase acima, do poeta Jorge de Lima. Este ano o tema da mostra é a relação entre Arte e Política. Nada mais importante para ajudar a levantar discussões em ano de eleição presidencial!
Caminhar pelas mais de 800 obras criadas por 159 artistas brasileiros e estrangeiros  está fácil.  Em vez de salas que se sucedem uma após a outra, a disposição dos espaços foi montada para que o visitante fizesse uma leitura livre das obras. A idéia é estar em um labirinto de arte! Conforme o visitante segue por dentro do prédio projetado por Oscar Niemeyer, o caminho vai se tornando cada vez mais confuso... A expografia é de autoria da Arq. Marta Bogeá.
Foram dispostos pelo pavilhão alguns espaços de celebração, chamados de terreiros (Brasil, esquentai vossos pandeiros / iluminai os terreiros que nós queremos sambar – sim, é daí que veio o insight para o projeto), dentre os quais se destacam os projetados pelo Arq. Roberto Loeb: Dito, Não Dito, Interdito que funciona como auditório ou praça ao ar livre; o Eu sou a Rua do holandês Christian Veddeler, da UN Studio, onde acontecem palestras, mesas redondas e entrevistas; e o terreiro Longe daqui, aqui mesmo que é uma espécie de labirinto feito de cômodos e passagens estreitas que convergem para uma grande sala central, com livros que inspiraram os artistas Marilá Dardot e Fabio Morais.
Claro que as maiores atrações são as enooormes instalações situadas em lugares estratégicos do pavilhão, sempre levantando alguma polêmica relacionada aos temas abrangidos. O artista Nuno Ramos que o diga! Sua instalação Bandeira Branca é uma amostra da ambigüidade presente na arte, na cultura e nos contrastes sociais do país. Os urubus de cativeiro que estão presos no espaço central da Bienal chamaram a atenção de ONGs e ativistas pela defesa dos animais!
A exposição é gratuita e vai até 12/12 no Pavilhão da Bienal, Parque do Ibirapuera – São Paulo. Abaixo algumas das principais obras e as que nos chamaram mais atenção.









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